terça-feira, 8 de outubro de 2013

"Cinder" de Marissa Meyer [OPINIÃO]

Edição: 2012
Páginas: 318
Editor: Editorial Planeta
ISBN: 9789896573270


Sinopse:

Com dezasseis anos, Cinder é considerada pela sociedade como um erro tecnológico. Para a madrasta, é um fardo. No entanto, ser cyborg também tem algumas vantagens: as suas ligações cerebrais conferem-lhe uma prodigiosa capacidade para reparar aparelhos (autómatos, planadores, as suas partes defeituosas) e fazem dela a melhor especialista em mecânica de Nova Pequim. É esta reputação que leva o príncipe Kai a abordá-la na oficina onde trabalha, para que lhe repare um andróide antes do baile anual.

Em tom de gracejo, o príncipe diz tratar-se de «um caso de segurança nacional», mas Cinder desconfia que o assunto é mais sério do que dá a entender.

Ansiosa por impressionar o príncipe, as intenções de Cinder são transtornadas quando a irmã mais nova, e sua única amiga humana, é contagiada pela peste fatal que há uma década devasta a Terra. A madrasta de Cinder atribui-lhe a culpa da doença da filha e oferece o corpo da enteada como cobaia para as investigações clínicas relacionadas com a praga, uma «honra» à qual ninguém até então sobreviveu. Mas os cientistas não tardam a descobrir que a nova cobaia apresenta características que a tornam única. Uma particularidade pela qual há quem esteja disposto a matar.


Opinião:

Cinder é uma jovem mecânica, cyborg, que vive para sustentar a madrasta/tutora legal, Adri e as suas duas filhas, Pearl e Peony.

Enquanto Adri e Pearl ostracizam a jovem cyborg, Peony torna-se na única amiga humana de Cinder, até que a pequena contraí a febre azul, acabando por morrer.

Entretanto, Adri doa Cinder ao laboratório do doutor Erland, cuja missão é encontrar a cura para a febre azul.

Cinder fica então a saber que não é um cyborg qualquer, pois não é passível de apanhar o vírus, mas é só após a morte da sua querida Peony, e da sua prisão por parte da rainha Levana, a rainha Lunar que vem à terra com o intuito de se casar com o imperador Kai, de forma a tornar-se imperatriz e instalar o caos, que Cinder toma conhecimento da sua verdadeira identidade, sendo essa a notícia bombástica de todo o livro, embora que algo previsível.

Marissa Meyer leva-nos a um mundo tipicamente distópico, regido por uma mão autoritária e temporalmente localizado num futuro tecnológico.

Confesso que as primeiras páginas não me foram fáceis de digerir, pois a descrição superava a interacção entre as personagens, e os diálogos rareavam, dando origem a demasiados monólogos por parte da protagonista.

Depois de um início apático, a trama descarrila num ritmo alucinante que me prende imediatamente, só me fazendo parar no final do livro! 
 Uau! Mas que experiência fantástica!

A escrita torna-se aditiva! 

Com muita acção e drama, "Cinder" cativa pela sua singularidade.

A personagem principal, Cinder, que dá nome ao próprio livro, é dotada de variadíssimas características que a tornam alguém muito importante e especial, cuja existência se poderá vir a refletir no futuro dos mundos terrestre e lunar.

Cinder é simples, carinhosa, trabalhadora e honesta. Um lugar-comum do mundo literário, mas enganam-se aqueles que pensam que a jovem cyborg é "apenas mais uma", pois Cinder é, de todo, comum. Bastante madura para os seus tenros 16 anos, movida pela sua vida de submissão e injustiça.

Depois, temos o príncipe/imperador Kai... Por quem todas as mulheres de Nova Pequim estão apaixonadas; Belo; Simpático; e com uma missão: salvar o seu reino das garras da rainha Levana.

Marissa Meyer surpreendeu-me e deixou-me ansiosa por Scarlet, após o final em suspenso de "Cinder"!

Com uma linguagem acessível, muito drama e uma pequena pitada de romance, "Cinder" é uma leitura a não perder pelos fãs das distopias!

Mal posso esperar por "Scarlet"!

 

Sem comentários:

Enviar um comentário