"Dívida de Sangue" de Charlaine Harris [OPINIÃO]

Edição/reimpressão: 2009

Páginas: 256

Editor: Saída de Emergência

ISBN: 9789896371371

Volume II

Sinopse:

"Sookie Stackhouse está numa maré de azar: primeiro o seu colega de trabalho é morto e ninguém se parece preocupar; depois, é atacada por uma criatura que a infecta com um veneno doloroso e mortal. Tudo se complica quando Bill nada consegue fazer e pede a ajuda de Eric para lhe salvar a vida. A questão é que agora ela está em dívida para com Eric - um vampiro deslumbrante mas tão belo quanto perigoso. E quando ele lhe pede um favor em troca, ela tem que aceder.

De repente, Sookie está em Dallas a usar os seus poderes telepáticos para encontrar um vampiro. A sua condição é que os humanos não devem ser magoados. Mas a promessa de os vampiros se manterem na ordem é mais fácil de dizer do que de cumprir. Basta uma bela rapariga e um pequeno deslize para que tudo comece a correr mal…

Entretanto, também Eric tem os seus próprios segredos..."

Opinião:


Neste segundo volume da saga "Sangue Fresco", Sookie vê-se novamente envolvida em sarilhos graças aos vampiros, desta feita, pelas mãos dos vampiros de Dallas, que decidem contratar os serviços telepáticos da jovem, para recuperarem o irmão do chefe do ninho, que se encontra desaparecido há alguns dias.
Paralelamente, Bon Temps é coberta por outro drama, a morte de Lafayette, o cozinheiro do Merlotte's e amigo de Sookie.
Depois de envolvido numa festa muito peculiar, acaba morto no carro do detective Andy Bellefleur, tornando este último no principal suspeito.
Foi com muito agrado que recebi a notícia que Eric voltaria a fazer parte integrante da acção.. Bill, lamento, mas o Eric conquistou-me!
Eric aparece em Dallas, disfarçado, para vigiar de perto Sookie e Bill no seu primeiro trabalho fora do seu ninho, assegurando-se que tudo corre como planeado, e tentando, como sempre, conquistar a jovem, por quem tem vindo a encantar-se.
Mas o encanto é mútuo e bem visível quando os dois se juntam numa das festas peculiares para conhecerem a identidade do verdadeiro assassino de Lafayette. Estando Bill em Dallas em negócios, Eric aproveita a vulnerabilidade de Sookie para lhe realçar o quanto a deseja.
Tanto em Dallas como em Bon Temps, Sookie enfrenta ameaças paranormais e humanas, ficando a conhecer mais espécies sobrenaturais, tais como as ménades e os metamorfos.
Em "Dívida de Sangue" o amor que une Bill e Sookie é mais uma vez posto à prova, fazendo a jovem reflectir sobre se terá algum futuro ou não com o vampiro.
A evolução de Sookie é notória! Ainda um pouco ingénua, aparece agora mais preparada para o imprevisível, mais atenta e consciente do seu dom (gosto da audácia com que agora o utiliza!), mais segura de si graças ao amor de Bill, e, acima de tudo, tornou-se mais capaz e madura.
Bill, embora ainda misterioso, pois afinal é um vampiro, e é isso que esperamos dele, mostra outro lado dele, o instituto de caça e normas vampíricas, que se sobrepõem ao amor pela sua Sookie. Mostra-se um pouco ausente, em determinadas situações, mas muito mais humano, na medida em que se abre perante a sua amada, mostrando-lhe toda a sua dor pelo passado, e, numa certa ocasião, todo o seu ciúme apareceu, o que não poderia ser mais humano!
Sam, o metamorfo que é patrão de Sookie, e apaixonado pela mesma, toma a iniciativa, e testa as suas esperanças com a jovem. Louvo o atrevimento de Sam que vem contrariar a sua imagem de auto-preservação.
Jason, o irmão de Sookie, parece ganhar juízo e afeição verdadeira a Liz, aparecendo esporadicamente neste segundo livro.
Os Bellefleur, que se consideram a elite de Bon Temps, e cuja repulsão por Sookie é conhecida, engolem o orgulho e pedem ajuda à telepata para ilibar Andy do assassínio de Lafayette, o que é bastante irónico considerando o que vimos a saber no final do livro acerca de Bill e desta família.
Novos laços são forjados, assim como novas alianças.
Lafayette é vingado, e Sookie pode, mais uma vez, respirar fundo e aproveitar os dias de descanso.
Se depois do primeiro livro fiquei fã da saga, com "Dívida de Sangue", fiquei rendida!